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quarta-feira, 22 de julho de 2015

Segundo Relatório do Clima, 2014 foi o ano mais quente já registrado



Estudo “Relatório do Clima” foi baseado em contribuições de 413 cientistas de 58 países Temperaturas da Terra e do Oceano em 2015/Sociedade Americana de Meteorologia


Em 2014, os indicadores continuam a refletir um planeta em aquecimento. Marcadores de temperatura da terra e do oceano, de nível do mar e de gases de efeito estufa bateram recorde, revelou o relatório Estado do Clima 2014, apresentado na sexta-feira (17/7) pela Sociedade Americana de Meteorologia.

 O relatório, compilado pelo Centro para o Clima no Centro Nacional de Informação para o Meio Ambiente do NOAA (Administração Nacional Oceânica e Atmosférica), baseou-se em contribuições de 413 cientistas de 58 países ao redor do mundo (veja o relatório completo, em inglês). Fornece informações atualizadas sobre indicadores do clima global, eventos climáticos relevantes e outros dados coletados por estações de monitoramento e instrumentos localizados na terra, na água, no gelo ou no espaço.

 “Esse relatório contém dados coletados ao redor do globo, por dezenas de cientistas e nos dá uma visão do que aconteceu em 2014. Os indicadores nos mostram como nosso clima está mudando, não apenas na temperatura, desde as profundezas do oceano até a atmosfera”, disse Thomas R. Kark, diretor do Centro Nacional de Informação para o Meio Ambiente do NOAA. 

Veja, a seguir, alguns destaques do relatório:

 Gases de efeito estufa (GEE) continuam a aumentar: as concentrações da maioria dos gases de efeito estufa continuaram a subir em 2014, incluindo dióxido de carbono, metano e óxido nitroso, atingindo valores históricos. As concentrações de CO2 aumentaram em 1.9 ppm (partes por milhão) em 2014 – a média do ano foi 397.2 ppm por ano.  Em 1990, quando o primeiro relatório foi publicado, a concentração era de 354 ppm.

 Temperaturas recordes na superfície da Terra: quatro fontes globais independentes mostraram que 2014 foi o ano mais quente já registrado na história. O calor estava espalhado pelas áreas terrestres do planeta. A Europa sentiu a diferença, já que mais de 20 países bateram recordes de temperatura. A África teve temperaturas acima da média na maior parte do continente em 2014. A Austrália teve seu terceiro ano mais quente já registrado; o México teve seu ano mais quente já registrado e a Argentina e o Uruguai tiveram seu segundo ano mais quente da história. A costa leste da América do Norte foi a única região que teve temperaturas anuais abaixo da média. 

A temperatura da superfície do oceano bateu recorde: a média global de temperatura da superfície do oceano foi a mais alta já registrada. O calor foi particularmente notável no Oceano Pacífico Norte.

 O calor oceânico superficial global bateu recorde: esse aumento de temperatura reflete a contínua acumulação de energia térmica nas camadas mais superficiais dos oceanos. Os oceanos absorvem mais de 90% do excesso de calor decorrente dos gases de efeito estufa. 

O nível dos mares também bateu o recorde em 2014: foi mantido o ritmo de aumento no nível dos mares observados nas duas últimas décadas. O Ártico continua a aquecer-se e a extensão do gelo continua a diminuir: o Ártico teve seu quarto ano mais quente desde seu recorde no início do século 20. O derretimento da neve aconteceu de 20 a 30 dias antes do que acontecia, em média, nos anos de 1998 a 2010. 

Na região de North Slope do Alasca, temperaturas recorde a 20 metros de profundidade foram medidas em 4 de 5 observatórios do permafrost. A extensão mínima de gelo no Ártico foi de 5,02 milhões de quilômetros quadrados em 17 de setembro, a sexta menor desde que as observações via satélite começaram, em 1979. As 8 menores extensões de gelo sobre o mar neste período aconteceram nos últimos oito anos. 

A Antártica mostrou uma variação alta nos padrões de temperatura; a extensão da camada de gelo sobre o mar bateu seu recorde: os padrões de temperatura na Antártica apresentaram fortes padrões regionais e sazonais, com mais calor que o normal e mais frio que o normal. A extensão máxima de gelo sobre o mar na Antártica atingiu um recorde de 20,15 milhões de quilômetros quadrados em 20 de setembro – são 570 mil quilômetros quadrados mais que o recorde anterior de 19,58 milhões de quilômetros quadrados de 2013. Foi o terceiro ano consecutivo de recorde da extensão máxima de gelo na região. 

Os ciclones tropicais estiveram na média: houve 91 ciclones tropicais em 2014, acima da média de 1981-2010 de 82 tempestades. Semelhante ao que aconteceu em 2013, a temporada de ciclones no Atlântico Norte foi mais tranquila que a maioria dos anos das últimas duas décadas. 

O Estado do Clima 2014 é a 25ª edição de uma série publicada anualmente como suplemento especial do Boletim da Sociedade Meteorológica Americana. - Reprodução de conteúdo livre desde que sejam publicados os créditos do Instituto Akatu e site www.akatu.org.br. 


Fonte: Akatu, 21/07

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Érica Sena
Pensar Eco

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